Biografia

Natural de São Paulo, nasceu numa família bem brasileira, sendo seu pai, JOVINIANO de BARROS, natural de Piracicaba, e sua mãe, MARIA ANTONIETTA de CAMPOS BARROS, de Bragança Paulista, ambos amantes da Música em geral (mas não profissionais), e da Cultura Brasileira.
Sem dúvida alguma, Eudóxia sofreu grande influência desse meio, sentindo desde criança, um imenso amor pela sua pátria e por tudo que é brasileiro, embora sempre com muito respeito e admiração pela cultura européia.
Desde criança, sempre deu especial atenção ao estudo de compositores brasileiros, tomando, como uma missão, influenciar o meio artístico nacional, dizendo: “ainda hei de conseguir que todos toquem a nossa música”. E é o que quase já está acontecendo hoje. Chegou mesmo a fundar com seu marido e outros compositores, em 1984, o CENTRO de MÚSICA BRASILEIRA, sociedade civil que organiza concertos e concursos só de músicas brasileiras.
Ainda mocinha, recebeu este comentário de um dos grandes críticos da época, Antonio Rangel Bandeira, do Correio Paulistano, em 27 de Dezembro de 1961:
Com o recital da pianista Eudóxia de Barros, a Sociedade “Pró Música Brasileira” realizou o seu II Sarau. A nova associação vem assim cumprindo à risca o programa que se traçou, de dedicar-se à música brasileira, tendo como lema a afirmação de Mário de Andrade de que “a música brasileira o que carece em principal é do estudo e do amor de seus músicos”. Mário teria ficado feliz com a criação da Sociedade “Pró- Música Brasileira”, ele que tanto se bateu por uma arte brasileira viva, forte e capaz de dar a medida exata e mais evidente da autenticidade da nossa cultura e da nossa formação nacional.
O imenso autor de “Macunaima” teria se deliciado também ouvindo uma pianista brasileira tocar “brasileiramente” as obras dos compositores brasileiros. Essa, aliás, parece-nos a principal característica dessa jovem pianista, tão rica de talento e de “alma brasileira”, que é Eudóxia de Barros. Uma coisa extremamente significativa é que, não é somente o brasileiro mais autentico - o sertanejo - que é antes de tudo um forte, segundo afirmava Euclides da Cunha; a arte brasileira é também sobretudo forte. Ela anuncia um povo brasileiro que está em vias de despertar, trazendo para a humanidade uma contribuição de paz e de justiça social, talvez, sem par na história do mundo. Reservas para tal missão estamos acumulando-as há quinhentos anos: é essa força que explode em Portinari, em Villa Lobos, em Euclídes, em Mário de Andrade, em Guimarães Rosa. É essa força transfiguradora que faz da música brasileira essa mágica afirmação de gênio nacional, que tão bem se estampa nas obras de Villa Lobos, de Camargo Guarnieri, de Lorenzo Fernandes. E que surge, assim, de repente, numa pianista jovem, mas que não é somente ela, mas toda uma herança cultural, todo um passado artístico...É surpreendente como Eudóxia de Barros domina o seu instrumento, isto do ponto de vista técnico. Mas o mais interessante ainda é como ela é senhora de uma concepção estética da interpretação pianistica que tão perfeitamente se identifica com o campo de expansão criadora da música brasileira. Não a havíamos ouvido tocar antes, por isso a Eudóxia de Barros que conhecemos é a intérprete de música brasileira. Ora, como a música brasileira exige do intérprete o mesmo que toda a música exige e como ela é grande interprete da música brasileira, logo é uma grande pianista. Poucas vezes terei me sentido tão artisticamente realizado, quanto ouvindo-a tocar aquele repertório de música brasileira que parece ter sido escrito para ela. Por outro lado, há nela “um sei não que”, de que fala Camões no seu célebre soneto, que sendo erudito lembra o pioneiro tão profundamente brasileiro e que encontrou a sua expressão máxima em Ernesto Nazareth... Isso, que é do criador, está por inteiro em Eudóxia de Barros, que é intérprete.
Louve-se ainda nesta pianista a sua bravura (coisa que pensei que não existisse de fato, mas apenas numa espécie, de prosa litero-musical que é comum em programas de concertos), que arranca como que a própria alma do piano. É também extremo o colorido, o vigor, a sutileza, o lirismo que obtém do instrumento. É verdade que o alto nível do programa favoreceu o seu magnífico rendimento, que tudo naquela noite foi feito para colocar-se a música brasileira no alto conceito que ela merece. Eudóxia de Barros atendeu de corpo e alma ao apelo de Mário de Andrade, voltando-se com amor e estudo para a música brasileira. É bom que haja brasileiros no Brasil, isto é, que ainda exista quem se coloque numa posição defensiva em relação à nossa cultura, sempre tão ameaçada, justamente por que é original, mestiça e nova. É o caso de Eudóxia de Barros. É o caso da Sociedade “Pró Música Brasileira”. É, humildemente, o nosso caso.
Por essa sua devoção à Música Brasileira, sente-se premiada com a quase centena de músicas de compositores brasileiros dedicadas a ela, e com a sua eleição, em 1989, para a ACADEMIA BRASILEIRA de MÚSICA, fundada por Villa Lobos, ocupando a cadeira nº 14, cujo patrono é Elias Álvares Lobo.
Em 3 de Setembro de 1982, casou-se com OSVALDO LACERDA, um dos melhores e mais festejados compositores brasileiros, com quem no passado, estudara as matérias teóricas da Música, como Teoria, Solfejo, Harmonia, Análise, Contraponto e um começo na Composição.
Lacerda já lhe dedicou uma enorme quantidade de obras, e uma delas, intitulada “CROMOS”, para piano e orquestra, obra muito original e linda, recebe de Eudóxia um carinho especial, esperando divulgá-la, se possível, pelo mundo inteiro (ouvir trilha sonora)... Já a apresentou sob a regência de Diogo Pacheco (OSESP), Cláudio Ribeiro (OSPA), duas vezes sob a regência de Luiz Fernando Malheiro (OMSP), Lutero Rodrigues (Orquestra Sinfonia Cultura, no Festival de Campos do Jordão, em 1999, duas vezes no SESC Belenzinho, em 2002, com a Sinfonia Cultural e duas vezes em 2003, com a Orquestra Sinfônica de Sto. André) e Henrique Morelenbaum (com a Orquestra Petrobrás Pró-Música, no Rio de Janeiro, em 8 de Novembro de 2003).
Recebeu o importante “PRÊMIO NACIONAL da MÚSICA“, como INTÉRPRETE, outorgado pela Funarte, em 1995, o que faz relembrar uma crítica que recebera em 10 de Abril de 1960, de Américo Bandeira, no Correio Paulistano:
Há cerca de vinte anos, escrevendo sobre Magda Tagliaferro quando de um de seus recitais em Recife, tivemos a oportunidade de classificar os pianistas (o que é válido, é claro, para qualquer instrumentista) em quatro categorias: os que tocam para satisfazer o gosto ou as exigências dos pais; aqueles que julgam bonito tocar bem piano (e se esforçam para fazer o mesmo); os que já possuem uma forte dose de talento (mas não se trata de uma vocação imperiosa) e os “artistas”, de vocação nítida e absorvente, para os quais a música é uma necessidade profunda, uma forma quase mística de comunhão com o mundo. Ora, sucede que, para os da última categoria, a estrita fidelidade aos textos é coisa quase impossível, pois têm personalidade marcante e em todas as suas execuções colocam a marca de sua individualidade. Interpretação é recriação, na qual o intérprete colabora; duas pessoas não vêem de igual modo a mesma paisagem; o que está escrito espera, como se diz, pelo sopro vivificador do espírito. Magda Tagliaferro é do último tipo e, tal como ela, Eudóxia de Barros, que aliás foi sua discipula.
Evidentemente, e para evitar interpretação errônea do que afirmamos, estamos longe de advogar uma liberdade exagerada e totalmente deformadora da obra do compositor. Mas, justamente, sem uma certa independência, jamais o intérprete atingirá o cerne da obra realizada...
A jovem artista concedeu alguns extras, entre os quais, após um recital repleto de muitas dificuldades técnicas, o dificílimo Estudo nº 1 de Chopin, executado de modo magistral.
Tocou em 1953, em 1ª audição no Brasil, o “Concerto nº 1“, de Villa Lobos, como uma das vencedoras para solista da Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência de Eleazar de Carvalho, que a convidou a solar primeiramente no Rio de Janeiro, no Cine Rex, em 11 de Outubro de 1953, quando recebeu esta crítica de Esaú de Carvalho, no jornal “O Popular”, do dia 13 de Outubro de 1953:
Achei extraordinária a disposição de Eudóxia de Campos Barros em escolher exatamente Villa-Lobos - o Concerto no. 1, para piano e orquestra, como autor de sua estréia no Rio de Janeiro com grande orquestra. Mocinha de 16 anos, já se apaixonou pela música do nosso grande compositor, e apresentou-se domingo no Rex, vinda de S. Paulo especialmente para isso, com um equilíbrio técnico convincente, que já a põe na trilha certa de uma carreira que será vitoriosa, com o estudo e amor pela música.
Villa-Lobos é um autor difícil, não porque seja um violento moderno, pois tantas vezes nos surge como romântico impressionantemente poético, mas pela exuberância de técnico que põe em toda a sua obra. Não importa propriamente uma linha melódica, mas ela surge como fator secundário, que, no entanto, encanta e agrada. No Concerto que ouvimos domingo, Eudóxia de Campos Barros foi admirável intérprete, demonstrando temperamento precioso, agilidade bem exercitada, e segurança da obra que tocava.
Um valor que surge, e sob bons auspícios, o da JMB.
Quinze dias depois, em 25 de Outubro de 1953, tocou em São Paulo; nessa ocasião, o Maestro Eleazar escreveu para Eudóxia, em seu caderninho de autógrafos: “Certo de que a Srta.Eudóxia de C.Barros será, dentro de muito pouco, a pianista brasileira de maior aceitação, deixo aqui os meus cumprimentos pela brilhante execução do Concerto de Villa Lobos”.
Parecia um vaticínio: hoje, Eudóxia circula por todo o Brasil e no exterior, num circuito de 50 a 60 concertos por ano, num verdadeiro trabalho de bandeirante e de alto cunho social; sua tarefa é a de proporcionar música, conhecimento e alegria a todo o seu público, jovem ou idoso, conhecedor ou não de música, pobre ou rico...Já se tornou tradicional o seu recital de fim de ano, sempre em algum importante Teatro da Capital de São Paulo, pedindo sempre que os ingressos não sejam cobrados, para que todos possam ter acesso, visando à não elitização da Música; infelizmente nem sempre isso é possivel. Vem percorrendo o Brasil de Norte a Sul, de Leste a Oeste, e em muitas cidades, já aconteceu ter sido a pioneira em realizar o primeiro recital na localidade. Explica cada música e compositor, de uma maneira sucinta, num trabalho didático, desde 1976.
Isto porque, após ter participado de um programa de perguntas e respostas na TV Globo, o “8 ou 800“, em 1976, conduzido por Paulo Gracindo, tomou gosto pela palavra falada, iniciando esta fase dos recitais didáticos. Respondia nesse “8 ou 800”, sobre Ernesto Nazareth, compositor que redescobrira em 1963, na passagem de seu centenário de nascimento, quando lançou o antológico LP “Ouro sobre Azul”, que recebeu o “Disco de Ouro”, pela excelente vendagem.
A partir daí, não parou mais de tocar Nazareth em todos os seus recitais, sendo atualmente seguida por quase todos os pianistas brasileiros e alguns estrangeiros. Pode-se dizer, que a partir de 1963, graças à sua divulgação de Nazareth e compositores congêneres, o Brasil assistiu a um ressurgimento do Chôro.
Por ocasião do lançamento do LP “Ouro sobre Azul”, o crítico Andrade Muricy, do Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro, escreveu em 25 de setembro de 1963:
...Coube-me, também, apresentar em primeiro lançamento no Rio de Janeiro, o disco intitulado “Ouro Sobre Azul”, Músicas de Ernesto Nazareth, na Interpretação de Eudóxia de Barros, Chantecler Internacional, HI-FI, CMG 1017. Contém (lado 1): ”Ouro Sobre Azul” (tango), “Sarambeque” (tango), “Elegantíssima”(Valsa Capricho), “Tenebroso” (tango), “Labirinto”(tango) “Coração que Sente”(Valsa), “Fon-Fon” (tango) e “Bambino” (tango); (lado 2): “Batuque”(batuque), “Apanhei-te Cavaquinho” (tango), “Confidências” (valsa), “Carioca” (tango), “Escorregando” (tango), “Duvidoso” (tango),”Eponina” (valsa), “Odeon” (tango) e “Brejeiro”(tango). Vem enriquecido por uma nota esclarecedora, da autoria de um dos maiores conhecedores da obra de Nazareth, Mozart de Araújo. Primeira característica que traz esse disco: uma intérprete de elevada classe (uma das maiores pianistas jovens do Brasil de hoje), Eudóxia de Barros. Vem da mesma terra que deu Antonietta Rudge, Guiomar Novaes, Souza Lima, Yara Bernette, Ana Stela Schic: São Paulo. O seu merecimento excepcional foi-me revelado quando aqui esteve para interpretar um programa inteiramente composto de produções dos alunos de composição de Camargo Guarnieri. Exteriorizou aquelas obras juvenis de cór, e como se as tivesse por definitivamente integradas ao seu repertório: a sério. Mais tarde, gravou em disco (que não pude ouvir) esse programa. Também excelente, a sua execução do 2º Concerto para Piano e Orquestra, de Camargo Guarnieri (Orquestra Sinfônica Brasileira, regência do autor, Ricordi SRE-4). Quando me constou que a ilustre jovem artista iria gravar obras de Nazareth, não me surpreendeu, nem me assustou que viesse a ter êxito. A sua compreensão da música brasileira evidenciada ao interpretar os discípulos daquela “posteridade” a que me referira ao tratar da obra do Padre Jaime Diniz. Afinal, nem todos podem ter ouvido Nazareth tocar, ou mesmo os grandes intérpretes seus contemporâneos. Sabemos que Nazareth dominava uma escritura sem par entre todos os compositores populares do Brasil, e mesmo - afirmo-o até que me apresentem prova em contrário - do mundo. Ainda assim, como sentiu e escreveu Darius Milhaud, havia muito de “insaisisable” em sua execução de suas próprias músicas, quer dizer: algo que não conseguia notar. Morto Nazareth, e alguns dos seus contemporâneos, como Henrique Vogeler, o que aí está são os seus textos, e com eles tem de se haver os intérpretes. Eu vinha observando que os pianeiros, quase todos, não mais podiam executar Nazareth. Abra-se exceção para Carolina Cardoso de Menezes. Eram os pianistas de classe, de há muito, que o faziam: Arnaldo Rebello, Mignone, Radamés Gnattali, Mário de Azevedo, Aloysio de Alencar Pinto: mais recentemente Homero de Magalhães, Gerardo Parente, Murilo Tertuliano dos Santos, outros ainda. Desses, alguns aproximam-se mais da aludida “tradição”; outros, chegaram a dar versões sem dúvida válidas e interessantes, porém distanciadas da ortodoxia nazarethiana. Eudóxia de Barros trazia para esta sua performance a sua admirável técnica, a sua enorme capacidade de estudo (- todas as suas músicas são minuciosamente dedilhadas e anotadas, como pude ver-), o seu temperamento vivaz, a sua inteligência musical rara. Antes que gravasse aquele elenco nazarethiano, ouvi executá-lo, na Ricordi, em São Paulo. Convenceu-me. Esta gravação é um modelo de limpidez; de domínio técnico; de vibratilidade: de achados de sonoridade, por vezes, como nos graves do “Batuque”, quase sempre percutidos duramente, e aos quais Eudóxia de Barros dá um eficaz tratamento por meio do pedal e das teclas somente abaixadas. Impressionante, a segurança dos seus baixos, portanto da rítmica nazarethiana, tão rica e empolgante: a admirável regularidade do acompanhamento de viola, em “Apanhei-te Cavaquinho” e “Ameno Resedá”. Três das peças sobrelevam a meu ver, as demais em adequação da grande técnica, revelando a superioridade, nesse terreno de Nazareth até mesmo comparado com muitos compositores eruditos, ao sentido musical não somente instintivo, porém pensado, e eminentemente artístico, da substância musical: a valsa “Confidências”; o tango carioquíssimo “Carioca”; a mais perfeita das valsas de Nazareth: “Eponina”. Na 1a. face: “Tenebroso”, o rei dos “tangos brasileiros”, um dos mais belos noturnos violoneiros jamais escrito. Questão de preferência, porquanto tudo está ali realizado com clareza e sentimento. Na discografia nazarethiana, em que sobram os arranjos, e os acompanhamentos espúrios, este disco da Chantecler toma importância didática: é do Nazareth sem acréscimos, nem ornamentos banalizadores. Compreende-se que a ilustre educadora Eulina de Nazareth tenha querido assistir de pé a primeira audição desse disco. Discursando, após, celebrou o seu aparecimento, bem como agradeceu ao novo Acadêmico, Padre Jaime Diniz, a preciosa homenagem à obra do seu eminente Pai, representada pelo seu excelente livro.
Lamenta com muita mágoa, no auge de sua maturidade e desenvolvimento artístico, não ser mais prestigiada, como outrora, pela mídia das principais capitais do Brasil. Diz ela: “os tempos mudaram; hoje em dia, para se ter uma publicidade na mídia das grandes capitais, urge que o artista pague uma assessoria de imprensa; é muito triste! e ainda: os jornalistas são muito jovens; como o Brasil não gosta de ter memória, convenhamos que é muito difícil para eles, saber quem é quem. Eles prestigiam demais, e somente, os artistas estrangeiros e os brasileiros que residem no exterior; nós que optamos por residir no Brasil e dar uma contribuição à educação de seu povo, não temos o reconhecimento que mereceríamos. É lastimável! Qual o profissional que pode subsistir sem uma propaganda nos tempos de hoje?” Eudóxia luta por esta causa, por uma mudança neste sentido, mas ainda sem nenhum resultado, pelo menos por enquanto.
Sua trajetória de estudos, ininterrupta, sempre sabendo o que queria, abrange estas etapas: aulas em São Paulo com Mathilde Frediani (iniciou-se com ela), Karl Heim ex-discípulo de Kempff ( a quem deve a sua definição de pianista profissional, quando , aos 8 anos e meio, este professor, admirado com o seu progresso, lhe perguntou o que ela pretendia com os seus estudos de piano; “como assim?“ pergunta ela; ele explica que ela poderia tocar piano só para si própria, seu prazer, ou dar aulas de piano, ou sair pelo mundo tocando pelos teatros; “este último é o que eu gostaria de ser “ respondeu ela, estando selado o seu destino, sem volta), Magda Tagliaferro (em São Paulo e Paris) e seus assistentes em São Paulo e Paris: Nellie Braga, Lina Pires de Campos, Daisy de Lucca e Olivier Bernard; Guilherme Fontainha, Camargo Guarnieri, Sebastian Benda, Roberto Sabbag, e algumas aulas com Arnaldo Estrella, Yara Bernette, Bruno Seidhofer e Sequeira Costa. Na França ainda estudou com Pierre Sancan, Christianne Sénart, o russo Pyotr Kostanoff e Lazare Levy. Nos Estados Unidos, teve como professores, Olegna Fuschi e Howard Aibel; foi aos Estados Unidos com uma “fellowship”, para dar aulas na “North Carolina School of the Arts”, em Winston-Salem, onde permaneceu de 1965 a 1967, convidada pelo compositor Vittorio Giannini. Na Alemanha, estudou com Walter Blankenheim.
Publicou um livro em 1977, intitulado “Técnica Pianística - Apontamentos sugeridos pela prática do magistério e concertos”, editado pela Ricordi (encomendas pelo e-mail: ricordi@ricordi.com.br ou pelo telefone: (0--11)3331-6667, em São Paulo, SP ou pelo telefone: (0--11)5535-5518, na Revista Concerto).
Vários alunos seus venceram concursos nacionais de piano.
Na época do LP, teve 31 LPs gravados principalmente pela Chantecler e ainda pela Ricordi, Alvorada, Marcus Pereira, Orpheo e Comep. Atualmente possui 14 CDs. Seu primeiro DVD foi lançado no dia 11 de Agosto de 2007, pela COMEP e se intitula “CONVITE À MÚSICA”. Todos os Cds e DVD se encontram à disposição, para encomenda, pelo site: www.correiomusical.com.br ou pelo telefone (0--11) 2275-0834 ou pela Revista "Concerto" (0--11) 5535-5518. Ou ainda pelo Telemarketing 0800 - 7010081.
Já se apresentou na França: em Paris (várias vezes na Salle Gaveau, tendo por empresário naquela ocasião, o Sr.Dandelot), em Bourges, no Château d’Artigny e no Château de Isenbourg. Na Suiça, em Lausanne, Genève e Puilly. Em Londres (Canning House). Tocou várias vezes em Bogotá, Quito, Lima, Assunción, La Paz, Cochabamba, Tegucigalpa, Panamá, Manágua (por ocasião do centenário de Rubem Dario); todos estes recitais pela América Latina foram organizados pelo Itamaraty; no Porto, em 1997. Nos Estados Unidos: em Houston, Miami, Chicago, Asheville, Cleveland, quando solou com a “Cleveland Philharmonic”, sob a regência de José Serebrier; várias cidades do Estado de Carolina do Norte, quando solou com a “North Carolina Symphony”, sob a regência de Benjamin Swalin, como prêmio por ter alcançado o 1º lugar por unanimidade, num concurso para solista da referida Orquestra, na temporada de 1966-1967, apresentando a “Rapsódia sobre um tema de Paganini” de Rachmaninoff; recitais em New York, no Town Hall, em 1967 e Carnegie Hall, em 1969; em Washington, DC., em 1966 e 1967. Ainda em 1967, uma “tournée” pelo México.
Mais recentemente, ficou muito feliz com o prêmio que recebeu da “Associação Paulista de Críticos de Arte”( APCA ), como a “MELHOR RECITALISTA de 1997”.
Em Porto Velho, RO, existe uma rua com seu nome, em sua homenagem, no Loteamento NOVA CAIARI – II.
Há várias citações de seu nome na 5ª edição do livro "História da Música no Brasil", de Vasco Mariz.
Desde 1993 pertence à ACADEMIA PERNAMBUCANA de MÚSICA, do Recife.
Sua oferta de trabalho se constitui em:
Recitais 1 -> com programa eclético, sendo metade com autores estrangeiros e outra metade com brasileiros, em Teatros, Igrejas, Escolas ou Conservatórios de Música.
Recitais 2 -> com programa mais leve, em jantares, congressos ou ao ar livre.
Concertos com Orquestra -> com repertório tradicional e brasileiro.
Aulas Particulares -> a alunos de todos os níveis e idades, para estudo regular e/ou preparo eventual para vestibular ou concursos.
Curso 1 -> Palestra para alunos e professores de piano, abordando: trajetória de carreira, como estudar uma nova música, comentários sobre os erros mais comuns entre os estudantes de piano e audição dos alunos ou de quem queira se apresentar. Duração: 3 a 4 horas.
Curso 2 -> Palestra sobre Ernesto Nazareth e audição opcional de alunos interpretando esse compositor e congêneres. Duração: 3hs.
Curso 3 -> Palestra sobre "Estudos de emergência", também com audição opcional de alunos. Duração: de 3 a 4 horas.
Em Dezembro de 2006, foi lançada uma nova edição, revisada e ampliada, de seu livro intitulado "TÉCNICA PIANÍSTICA - Apontamentos sugeridos pela prática do magistério e concertos", pela Editora RICORDI. À venda pelo telefone: (11) 3331-6766.
Em 2009, recebeu a Comenda do Mérito Anhangüera, que é a mais alta condecoração conferida pelo Governo do Estado de Goiás.
No dia 25 de Janeiro de 2010, fez a abertura da solenidade de posse do novo Reitor da USP, Prof. Dr. João Grandino Rodas, na Sala São Paulo, executando em solo, a “GRANDE FANTASIA TRIUNFAL sobre o HINO NACIONAL BRASILEIRO”, de Gottschalk, seguida de concerto pela OSUSP, sob a regência da Maestrina Ligia Amadio.


REGENTES COM OS QUAIS TOCOU NO DECORRER
DE SUA CARREIRA:

Armando Bellardi
Benjamin Swalin
Bernardo Federovsky
Bruno Roccella
Carlos Alberto Pinto Fonseca
Carlos Lima
Carlos Veiga
Chleo Goulart
Ciro Pereira
Cláudio Ribeiro
David Machado
Diogo Pacheco
Edoardo De Guarnieri
Eduardo Ostergren
Eduardo Rahn
Eleazar de Carvalho
Eliseu Ferreira
Gedeão Martins
Henrique Morelenbaum
Henrique Vieira
Isaac Karabtchevsky
João Souza Lima
John Luciano Neschling

Jorge Kaszás
José Nilo Valle
José Serebrier
José Viegas Neto
Júlio Medaglia
Luiz Fernando Malheiro
Lutero Rodrigues
Marcelo Urias
Marcos Pupo Nogueira
Mário Tavares
Moisés de Souza Ferreira
Mozart Camargo Guarnieri
Nelson Nilo Hack
Pablo Komlós
Parcival Módolo
Priscila Paes
Roberto Ondei
Rodrigo Müller
Ronaldo Bologna
Tullio Colacioppo
Vicente Fittipaldi